19 de Dezembro.

 

   Acabada de dançar, estou exausta, apetece-me escrever mas nada me sai. Sinto-me bem e ao mesmo tempo péssima.

  Ultimamente tudo me corre mal, tudo me cai em cima como se eu nem sequer sofresse, mas eu sou humana, eu sofro. Se não fosse esta dança, este tempo que tenho só meu para reflectir e dançar, para me centrar no que faço e esquecer o mundo à minha volta, para conseguir sorrir e lutar por um objectivo, se não fosse isso, eu não estaria assim neste momento, segura do que acabei de fazer.
  Embora a vontade seja grande, não sei que escrever, este frio gela-me as palavras, gela-me o coração.

Beijinho no nariz.

  Tu és a "jogadora" da minha vida. As tuas regras passaram a ser minhas, eu domino o território que era teu. Eu desenho tudo o que não consegues pintar. 

  Orgulho-me do que conquistei. Um sorriso perfeito, a amiga dos meus sonhos, e isso provoca em mim um enorme efeito de alegria que me faz viver. 

  Foco o olhar na direcção que tu me indicas. Eu vejo no teu sorriso, o que ninguém lê nos teus lábios quando falas no silêncio. No escuro, ele faz o meu pequeno olhar brilhar, o meu coração pular ... 

ilumina o que é nosso através do que é teu.

do meu fofinho.
(isto já é passado)

Palavras, actos e omissões.

  Eu não gosto de julgar as pessoas, não preciso de desilusões e detesto falsidades.

  Com o tempo, fui-me apercebendo de várias mudanças na minha vida, não por mim, mas pelas pessoas que fazem parte dela, deixei de ser ingénua, deixei a burrice para trás e hoje sei que consigo mudar tudo isto.

  Vou mudando, está a custar-me mais do que tudo mas tenho quem realmente me apoie e me diga para ter calma, sei que se assim for, vou conseguir tudo o que quero, com muita calma e sobretudo paciência. Consigo dizer que me dá várias vezes um aperto, tenho vontade de deixar escorrer um rio de lágrimas mas, respiro fundo e penso que assim só me estou a rebaixar, a ser mais fraca, por isso rio das coisas mais parvas e tento ser o que nunca fui, paciente.

  Não sei se algum dia vou voltar ao que era à 2 ou 3 anos atrás, feliz, por mim e por toda a gente, rir por tudo e porque sim, ter tudo o que queria e não deitar tudo a perder como fiz. Fui burra, e ainda sou, mas se sou agora é porque algum dia fiz a maior burrice da minha vida.

  Sei, não com todas, mas com muitas certezas que irei ultrapassar tudo isto, que irei sorrir como já sorri mesmo que para isso tenha que perder muita coisa e ganhar outras coisas, não me importa, uma coisa é certa, não vou passar por cima de ninguém para conseguir o que quero, vou fazê-lo sozinha ou com quem tiver para me dar apoio, mas principalmente com dignidade, como sempre fiz.