Depois de
comer e vermos o filme, ouvimos música, falamos e no fim acabamos por adormecer
cada um para seu canto.
Quando acordei,
olhei em meu redor e não vi ninguém, procurei um bilhete deles mas não
encontrei. Levantei-me, fui à casa de banho e desci para tomar o pequeno
almoço. Lá estavam eles, o Diogo e a Joana à mesa com a minha família.
R: Porque é
que não me chamaram?
- Não te
queríamos incomodar filha, mas senta-te e come – disse a minha mãe.
T: Estás
melhor pulga?
R: De quê?
T: Da
menstruação.
R: Da mens ..
ahh sim, já não me dói nada.
D: Nós
somos a cura para qualquer doença.
R: A
menstruação não é uma doença nabo.
- Renata
olha a linguagem – disse o sr. pai certinho .
T: Eu
punha-a já de castigo.
R: Já te
calavas venenoso.
T: Tss ..
sou pior que cobra, cuidado.
O meu irmão
tem destas coisas, tanto tenta ser engraçado que acabamos por nos rir só pelo
esforço que faz, sem nunca conseguir o seu objectivo.
Lá comecei
a comer, fomos falando e reparei que eles tentavam sempre animar-me, o que é
bom e sabe que nem uma maravilha. Quando acabei, vim para o quarto e liguei ao
Pedro.
R: Olá meu
amor.
P: Nata,
não estava à espera de uma chamada tua tão cedo.
R: Não?
Porquê?
P: Porque
pensei que estivesses magoada comigo.
R: Achas,
eu percebi que não podias cá ficar, e foste pela tua avó, não foste porque
quises-te abandonar-me.
P: Gosto
tanto de ti.
R: Eu acho
que consigo gostar mais. Como é que está a tua avó?
P: Olha,
pelo que tinham dito parecia que ela estava num estado muito grave mas pelos
vistos a coisa tem solução e com os tratamentos certos ela vai ficar bem.
R: Então
não é grave?
P: É grave,
mas não está entre a espada e a parede.
R: Ahh
ainda bem amor. Depois dá-lhe um beijinho por mim e força para todos. Estou aqui
à tua espera.
P: Eu vou
voltar mais cedo do que pensava e vou correr para os teus braços.
R: Vá agora
tenho de desligar porque senão não tenho dinheiro para ligar mais vezes.
P: Sim claro.
E a partir de agora quem liga sou eu. Ou então dás um toque e eu ligo, não
quero que gastes dinheiro.
R: Tu não
mandas em mim, quem tem esse poder são os meus paizinhos, não o meu namorado.
P: Gosto
tanto de te ouvir falar assim.
R: Assim
como?
P: Tratar-me
como teu namorado e ver-te feliz ao dizer isso.
R:
Aproveita, nem todos tiveram a tua sorte.
P: Nem mais
ninguém vai ter. Vá amor, depois falamos. Beijinhos para todos, um enorme para
ti. Amo-te muito.
R:
Beijinhos para a tua avózinha e as melhoras. Beijo enorme para ti, amo-te mais.
- desculpem a demora.