quinta-feira, 6 de outubro de 2011

vidas possíveis XV.



Depois de comer e vermos o filme, ouvimos música, falamos e no fim acabamos por adormecer cada um para seu canto.
Quando acordei, olhei em meu redor e não vi ninguém, procurei um bilhete deles mas não encontrei. Levantei-me, fui à casa de banho e desci para tomar o pequeno almoço. Lá estavam eles, o Diogo e a Joana à mesa com a minha família.
R: Porque é que não me chamaram?
- Não te queríamos incomodar filha, mas senta-te e come – disse a minha mãe.
T: Estás melhor pulga?
R: De quê?
T: Da menstruação.
R: Da mens .. ahh sim, já não me dói nada.
D: Nós somos a cura para qualquer doença.
R: A menstruação não é uma doença nabo.
- Renata olha a linguagem – disse o sr. pai certinho .
T: Eu punha-a já de castigo.
R: Já te calavas venenoso.
T: Tss .. sou pior que cobra, cuidado.
O meu irmão tem destas coisas, tanto tenta ser engraçado que acabamos por nos rir só pelo esforço que faz, sem nunca conseguir o seu objectivo.
Lá comecei a comer, fomos falando e reparei que eles tentavam sempre animar-me, o que é bom e sabe que nem uma maravilha. Quando acabei, vim para o quarto e liguei ao Pedro.
R: Olá meu amor.
P: Nata, não estava à espera de uma chamada tua tão cedo.
R: Não? Porquê?
P: Porque pensei que estivesses magoada comigo.
R: Achas, eu percebi que não podias cá ficar, e foste pela tua avó, não foste porque quises-te abandonar-me.
P: Gosto tanto de ti.
R: Eu acho que consigo gostar mais. Como é que está a tua avó?
P: Olha, pelo que tinham dito parecia que ela estava num estado muito grave mas pelos vistos a coisa tem solução e com os tratamentos certos ela vai ficar bem.
R: Então não é grave?
P: É grave, mas não está entre a espada e a parede.
R: Ahh ainda bem amor. Depois dá-lhe um beijinho por mim e força para todos. Estou aqui à tua espera.
P: Eu vou voltar mais cedo do que pensava e vou correr para os teus braços.
R: Vá agora tenho de desligar porque senão não tenho dinheiro para ligar mais vezes.
P: Sim claro. E a partir de agora quem liga sou eu. Ou então dás um toque e eu ligo, não quero que gastes dinheiro.
R: Tu não mandas em mim, quem tem esse poder são os meus paizinhos, não o meu namorado.
P: Gosto tanto de te ouvir falar assim.
R: Assim como?
P: Tratar-me como teu namorado e ver-te feliz ao dizer isso.
R: Aproveita, nem todos tiveram a tua sorte.
P: Nem mais ninguém vai ter. Vá amor, depois falamos. Beijinhos para todos, um enorme para ti. Amo-te muito.
R: Beijinhos para a tua avózinha e as melhoras. Beijo enorme para ti, amo-te mais.


- desculpem a demora.

1 comentário:

  1. aiii que coisa foooofa.
    derreto-me sempre a ler estes episódios *.*
    Amo-te!

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