segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Vida (in)justa.




  Encontro-me no meu quarto, deitada na minha cama, são praticamente 4h da manhã e o sono ainda não me bateu à porta, a minha cara, essa está escorrida de lágrimas sem motivo algum e ao mesmo tempo por um trilião deles.
  Sinto um acumular de coisas no meu coração, coisas más que me vão deitando abaixo, que me vão abalando e tirando as poucas forças que tenho. Cheguei ao ponto de chorar por o meu irmão se rir enquanto eu o mandava sair do meu quarto, por uma banal coisa como essa.
  Estou farta, muito farta que me critiquem, que me digam que fiz algo mal, que ponham as culpas em mim estando eu inocente ou que simplesmente me chamem por Patrícia Alexandra, o que (nunca) é um bom começo.
  Dizem-me que isto vai passar, que é uma fase, que daí a uns dias estou feliz e a sorrir, mas o que é certo é que não chega esse dia, nem no fundo do túnel, que nem sequer vejo. A vida é curta e ensinaram-me a vivê-la intensamente e ao máximo mas não é tão fácil como nos contos de fadas, antes fosse. Não vejo a minha vida no fim, muito pelo contrário, estou bem na flor da idade, mas não é por isso que não tenho problemas, não estou completamente feliz, não estou.
  Sei que isto não é nada, existem pessoas sem um tecto, sem comida, sem um emprego para sustentar uma família, com doenças sem cura e a morrer e não poderem fazer nada contra isso, mas eu (felizmente) nunca vivi nada disso, não sei o que é passar essa dor e então penso ser a pessoa mais infeliz do mundo por chorar que nem uma desalmada.
  Não consigo passar para o papel o que sinto, não sei o que ando a fazer exactamente no dia-a-dia. Gostava de ser como a minha professora de Área de Integração, ela vive diariamente à procura de uma boa acção, algo que mude o mundo ou simplesmente o modo de pensar ou agir de alguém, como já fez comigo, agora, depois das suas aulas, sei que cada ser humano é importante, cada um faz a diferença, até eu, a “pobre” da Paris Hilton ou mesmo um “rico” sem-abrigo.
  Uma conclusão disto? Não tenho, já não tenho forças nem para pensar, mas uma coisa é certa, chorar não resolve nenhum problema, mas pelo menos liberta parte de nós, dá-nos uma certa liberdade, não sei explicar, depois disto que já escrevi e de tudo o que já chorei, ganhei uma pequena força para viver o amanhã, mas isto é tão certo como me verem feliz, acontece, mas a qualquer momento já estou a desmoronar, a voltar ao início deste pequeno texto.

2 comentários:

  1. eu vou estar sempre contigo e vou-te ajudar a ultrapassar isto meu amor
    eu amo-teeee muito mesmoooooo

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Diz o que te vai na cabeça, e talvez no coração, não sou apenas eu que posso deixar "bocados" de mim neste blog, tu também podes.