domingo, 24 de julho de 2011

vidas possíveis XII.


Já não aguentava mais e ter ficado aqueles segundos a olhá-lo foi como se tivesse entrado dentro do corpo dele e tivesse percebido tudo o que se passava na sua cabeça.
P: Olha, acabei de ser beijado pelo amor da minha vida, não é irónico?
R: Não, não é parvo.
P: E podes parar de me insultar? Já percebi que estás caidínha por mim.
R: Sim, é que tu não ..
P: Claro que estou, se eu não gostar de mim, quem gostará?
R: Olha deixa de ser estúpido, tu sabes do que eu estava a falar.
P: Acho que preciso que me expliques melhor. – chegou-se para mim com ar de quem queria um beijo.
R: Chega-te para lá, ter-te dado um beijo não significa que queira dar mais.
P: Ah? Não queres? – ele parecia mesmo assustado.
R: Estou a brincar Pedro.
Beijei-o outra vez e ficámos naquilo durante um tempo, afinal tinhamo-nos apaixonado com uma troca de olhares e desde aí que esperei por este momento.
R: E sabes o que é o melhor de tudo?
P: Eu, claro.
R: Não .. estarmos praticamente de férias.
P: E vamos passar aqui as nossas férias?
R: Nossas?
P: Mau Renata, já chega desta brincadeira, agora é asério.
Levantou-se e andava de um lado para o outro a olhar para o chão, sinceramente não fazia ideia do que ele estava a fazer e cada vez percebia menos do que se estava ali a passar. Vejo-o a meter qualquer coisa ao bolso e a vir na minha direcção.
P: Anda, vamos para outro sítio.
R: Para onde?
P: Aaanda.
Fui praticamente arrastada mas lá tive de ir. Passados uns 2 minutos a andar a pé vi uma espécie de carrinha ou lá o que aquilo era.
R: É para aqui que me trazes?
P: Sim, eu conduzo esta carrinha aqui na mata.
R: Conduzes isto? Tu nem carta de carro tens ..
P: Por isso é que só a conduzo aqui não achas?
R: Pois, realmente. E porque é que me trazes aqui?
P: Queria que a conhecesses.
R: Olá carrinha feia e velha, eu sou a Renata.
P: Não sejas assim, tu também és feia e não é por isso que não gosto de ti.
R: Ahh, obrigadinha.
P: De nada docinho de morango. (ri-se)
R: Oh god, de repente até tive vontade de vomitar.
Logo depois disto vejo-o a correr e saltar para cima da carrinha e a tirar uma rosa do bolso.
P: Renata, queres namorar comigo?
Fiquei a olhar para ele, senti a minha cara a corar e os olhos a encherem-se de água. Nunca ninguém me tinha feito tal pergunta e acho que nunca me tinha sentido assim.
R: Namorar contigo? É claro que quero.
O impulso seguinte foi o de saltar para a carrinha e dar-lhe o melhor beijo da sua vida.
P: E agora? Já podemos passar aqui as nossas férias?

1 comentário:

  1. Aiiiiiiii, que coisa mais fofinha.
    Também quero uma história de amor destas para mim. :'x

    Amo-te patanisca

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