domingo, 1 de maio de 2011

vidas possíveis V.


Após subir uma escada feita de tábuas e cordas, aquelas que me permitiram chegar até à cabana fiquei sem reacção, perguntei a mim mesma se deveria entrar ali, afinal era o sítio onde o Pedro sempre se refugiou, eu não devia invadir assim a privacidade dele.
P: Passa-se alguma coisa?
R: Eu não sei se deveria entrar.
P: Estás maluquinha? Eu trouxe-te até aqui porque quero que conheças este meu lado, não quero que te deixes levar por outras histórias que possas ouvir.
R: Histórias? Que histórias?
P: Tu não sabes de nada?
R: Sobre ti? Não, não sei. Estás a falar de quê?
P: Ah sendo assim esquece, não é nada demais.
R: Não, agora vais-me contar.
P: Renata esquece, não é nada demais asério.
R: Ou me contas ou eu vou-me embora.
P: Não! Quer dizer .. não vás, eu quero mesmo que conheças isto.
R: Então conta-me ou nada feito.
P: Bem, tu és teimosa, deixa para lá isso.
Começo a descer as escadas, ele tenta impedir-me mas sem o conseguir e então vem atrás de mim.
P: Renata espera, por favor.
R: Vais-me contar ou não?
P: Eu não quero que saibas destas coisas, nós estamos tão bem assim.
R: Estávamos.
P: E vamos deixar de estar por uma parvoíce destas?
R: Pois, pelos vistos parece que sim.
Dito isto virei costas e corri o mais que conseguia, afinal eu não ia querer conhecer mais nada sobre um rapaz que me esconde este tipo de coisas.


- dêem a vossa opinião,
estou curiosa.

1 comentário:

Diz o que te vai na cabeça, e talvez no coração, não sou apenas eu que posso deixar "bocados" de mim neste blog, tu também podes.