quinta-feira, 14 de abril de 2011

vidas possíveis.


São 7h30 da manhã, o meu despertador toca e eu tenho de me levantar porque tenho mais um dia de escola pela frente. Como já é costume, vou até à cozinha  para tomar o pequeno almoço, altura em que me divido entre o leite com cereais e o iogurte e pão com fiambre.
- Bom dia Renata, hoje preferes leite ou iogurte?
- Deixa mãe, eu preparo, tens de te arranjar antes que te atrases. Olha uma coisa, o pai já saiu? Eu preciso de dinheiro.
- Já filha, antes de saíres vai à tua gaveta da entrada, acho que ele deixou lá dinheiro para ti.
Dá-me o seu habitual beijo na testa matinal e corre para o quarto para se aperaltar para mais um dia no escritório. Já eu, sento-me à mesa e como calmamente o meu leite com cereais e de seguida dirijo-me à casa de banho para um duche rápido.
São agora 8h13 e eu estou a sair de casa para apanhar o autocarro das 8h27. Chegada à paragem, sento-me a ouvir música e ao olhar para o chão deparo-me com uma daquelas tampas de iogurte da danone que diz: “abris-te a tampinha do meu coração”. E não é que aquele pedaço de plástico me fez sorrir? Decidi guardá-lo. Entretanto o autocarro chega e eu vou para a escola e, para não variar, quando lá cheguei já tinha tocado para dentro e a entrar no portão já só se via os atrasados de costume, cheios de pressa para não terem outra falta, e no meio desses tantos estava eu, com a mais pura das calmas, parecendo que tinha todo o tempo do mundo.
De um momento para o outro sinto a minha mala ser projectada para fora do meu ombro como se de um furacão se tratasse e quando olho para o lado vejo todos os meus cadernos espalhados pela entrada da escola. Baixo-me e começo a apanhá-los e ao olhar para cima vejo ..

- hoje deu-me para isto, 
foi inventado e tenciono continuar.

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